PARA TI
"Geme o restolho a transpirar de chuva
Nos campos que a ceifeira mutilou
Dormindo em velhos sonhos que sonhou
Na alma a mágoa enorme, intensa, aguda
Mas é preciso morrer e nascer de novo
Semear no pó e voltar a colher
Há que ser trigo, depois ser restolho
Há que penar p´ra aprender a viver
E a vida não é existir sem mais nada
A vida não é dia sim dia não
É feita em cada entrega alucinada
P´ra receber daquilo que aumenta o coração"
Restolho - Mafalda Veiga